Conflitos relacionados à censura de um jornal liberal chinês se tornaram um desafio à nova liderança do país, em meio a protestos e pedidos por reformas democráticas ocorridos nesta segunda-feira.
Os manifestantes apoiaram o jornal em seu confronto com um censor após a publicação ter sido forçada a transformar o editorial de Ano Novo, que falava da necessidade de reformas políticas no país, em um texto que elogiava o Partido Comunista. Fontes afirmam que pelo menos um dos departamentos de notícias do jornal entrou em greve, o que ainda não foi confirmado.
Os manifestantes se reuniram em frente à sede do jornal na cidade de Guangzhou, no sul da China, colocaram flores no portão e levantaram cartazes que pediam liberdade de expressão, reformas políticas e democracia. “Acredito que o cidadão comum deve despertar”, disse um dos manifestantes, Yuan Fengchu. “As pessoas estão começando a perceber que seus direitos foram eliminados pelo Partido Comunista e se sentem constantemente oprimidas.”
O protesto ocorreu após 18 acadêmicos chineses divulgarem uma carta pedindo a demissão de Tuo Zhen, o ministro de Propaganda da província acusado de censurar o jornal. As informações são da Associated Press.