A China, país que mais executa condenados no mundo, vai ampliar o uso de injeções letais em vez do tradicional tiro na nuca, informou hoje o jornal China Daily. Metade das 404 Cortes Intermediárias do Povo – que realizam a maior parte das execuções – agora usam injeções letais, disse Jiang Xingchang, vice-presidente da Suprema Corte do Povo (SCP), ao jornal. As injeções letais "são consideradas uma forma de execução mais humana e serão eventualmente usadas pelas Cortes Intermediárias" explicou. Ele não apresentou um cronograma para a adoção do novo método.

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A China não divulga oficialmente o número de executados, mas grupos de direitos humanos afirmam que ela recorre mais à pena de morte anualmente do que todos os outros países juntos. São sentenciados à pena de morte inclusive pessoas que não cometeram crimes violentos, como corrupção. O grupo de direitos humanos Anistia Internacional estima – baseado em informações da mídia local – que 1.770 pessoas foram executadas na China em 2005, cerca de 80% das execuções globais. O governo chinês, no entanto vem gradualmente tentando diminuir o uso da pena capital, e no ano passado a Suprema Corte ordenou aos juízes que sejam mais parcimoniosos ao sentenciar os prisioneiros.

Nos últimos meses, o uso da injeção letal passou a ser questionado nos Estados Unidos, por ser considerada uma forma desumana de execução. A Suprema Corte dos EUA está considerando um caso apresentado por dois prisioneiros que alegam que o método inflige dor e sofrimento desnecessários.

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