O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pediu nesta terça-feira que a China dobre os esforços para conter a ameaça da Coreia do Norte.

continua após a publicidade

O premiê lembrou que as capacidades tecnológicas do isolado regime asiático estão próximas de permitir um ataque contra os Estados Unidos, e que o lançamento mais recente parece ter incluído um teste sobre a capacidade do projétil carregar uma ogiva nuclear. O regime de Pyongyang considerou um sucesso o último lançamento.

continua após a publicidade

“As políticas norte-coreanas podem ser mudadas caso a China faça sua parte”, afirmou Abe, acrescentando que a China já prometeu suspender a importação de carvão do país, sua principal fonte de receita de exportação.

continua após a publicidade

Em entrevista ao Wall Street Journal, Abe afirmou que quer construir uma “sociedade inclusiva ao estilo japonês”, com mais trabalhadores estrangeiros e turismo. A ameaça norte-coreana, no entanto, prejudica os laços de seu país com o restante do mundo.

O premiê japonês, assim como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionam a China para fazer mais contra as ambições norte-coreanas. Mais de 80% do comércio externo do país é feito com a China.

Apesar dos esforços, diplomatas e analistas afirmam que é pouco provável que Pequim ameace a estabilidade de seu vizinho.

“Ficaremos profundamente desapontados se quisermos acreditar que a China vai endireitar Pyongyang”, afirma Kurt Campbell, que foi vice-secretário de Estado no governo Obama.

O premiê japonês afirmou também que chegou a um acordo geral sobre a questão com o novo presidente da Coreia do Norte. No entanto, Abe também salientou que não pretende voltar atrás em um acordo firmado entre os dois governos sobre a questão das escravas sexuais sul-coreanas durante a Segunda Guerra, ponto que foi retomado por Moon Jae-in em sua campanha.

Em dezembro de 2015, ambos os países chegaram a um acordo para prover apoio financeiro às vítimas restantes dos crimes japoneses no período. Abe também pediu desculpas às mulheres utilizadas como prostitutas pelos militares japoneses durante o período de ocupação militar. Moon tem pedido por uma revisão do acordo, criticando-o por não refletir as demandas das vítimas. Fonte: Dow Jones Newswires.