A China quer reduzir seu déficit orçamentário a 900 bilhões de yuans (US$ 137,2 bilhões) em 2011, o equivalente a 2% do produto interno bruto (PIB) do país. Em 2010, o déficit chegou a 1 trilhão de yuans (US$ 152,4 bilhões), ou 2,5% do PIB, um porcentual menor que o limite de 3% estipulado pelo governo na ocasião.

continua após a publicidade

A diminuição do déficit ocorre no momento em que a China encerra o pacote de estímulo de 4 trilhões de yuans adotado nos dois últimos anos. O país também apertou a política monetária, com elevação de juros e dos depósitos compulsórios dos bancos, e esfriou o setor imobiliário, na tentativa de conter a inflação e uma bolha de ativos.

O relatório do orçamento, feito pelo Ministério das Finanças, foi divulgado durante a sessão anual do Congresso Nacional do Povo, o órgão legislativo chinês. O documento informa que o governo chinês espera receita de 8,972 trilhões de yuans neste ano. Incluindo a contribuição de 150 bilhões de yuans do fundo de estabilização do orçamento do governo central, a receita esperada é de 9,122 trilhões de yuans. Os gastos serão de 10,022 trilhões.

Em 2010, a receita total foi de 8,318 trilhões de yuans, que incluiu a receita fiscal nacional de 8,308 trilhões e o fundo de estabilização de 10 bilhões de yuans. Os gastos totais foram de 9,318 trilhões de yuans.

continua após a publicidade

Apesar do déficit menor neste ano, o Ministério das Finanças reiterou que a China “continuará com sua ativa política fiscal”. No entanto, “ainda há um desequilíbrio significativo entre as nossas receitas e despesas”, disse o ministério em seu relatório anual. A redução de impostos, incluindo o de renda pessoal, o “crescimento rápido e insustentável nas exportações e importações” e a alta base de comparação com o ano passado, produzirão um menor crescimento da receita neste ano.

A China está sob grande pressão de gastos, pois foi necessário elevar as despesas de certas partes do setor público, como educação, saúde, seguridade social, subsídios para a baixa renda. As informações são da Dow Jones.

continua após a publicidade