Três gerentes de companhias de laticínio e um comerciante de leite em pó foram presos na China, acusados de vender derivados do leite contaminados com melamina, um produto químico, segundo informou hoje a agência estatal de notícias Xinhua.

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A melamina é usada para fabricação de plásticos e fertilizantes. O componente ganhou fama na China em 2008, quando seis crianças morreram e 300 mil adoeceram após a ingestão do leite em pó contaminado. Dezenas de funcionários, executivos e fazendeiros foram punidos no escândalo, que levou Pequim a afirmar que implementaria regras de segurança mais estritas e intensificar as inspeções sobre esse setor.

O gerente-geral da companhia de laticínios Lekang, Zhang Wenxue, e os vice-gerentes Zhu Shuming e Tong Tianhu foram acusados por produzir e vender leite em pó contaminado, na mais recente incursão das autoridades, segundo a Xinhua.

Ma Shuanglin, um comerciante de leite em pó que distribuía os produtos suspeitos da Lekang, também foi preso, segundo a Xinhua. A companhia, que estava entre as envolvidas no escândalo de 2008, fica na cidade de Weinan, na província de Shaanxi, no centro chinês.

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A melamina é usada para fraudar testes de proteína, permitindo que seja acrescentada água à mistura e assim se economize. O componente, porém, pode causar pedras nos rins e até mesmo a morte por falência renal, principalmente em crianças.

Em uma operação que levou dez dias, autoridades chinesas encontraram e destruíram “todos os produtos lácteos com melanina”, segundo o ministro da Saúde Chen Zhu, citado pela Xinhua.

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