China precisa de míssil contra navio dos EUA, diz jornal

A China precisa de um míssil capaz de atacar porta-aviões, para contrabalançar a supremacia naval dos Estados Unidos no Oceano Pacífico, defendeu hoje um jornal estatal. “A China sem dúvida precisa construir uma capacidade contra porta-aviões bastante digna de crédito”, avaliou, em editorial, o jornal Global Times.

Segundo o diário, o país asiático precisa desenvolver não apenas um míssil capaz de atacar porta-aviões, mas também outros tipos de armamentos contra essas embarcações. O Global Times afirmou que os porta-aviões mantidos por Washington no Pacífico são uma forma de “dissuasão contra os interesses estratégicos da China”. Por isso, Pequim precisaria “possuir a capacidade de contrabalançar” essa força norte-americana.

Analistas militares dos EUA advertiram que Pequim desenvolve uma nova versão de seu míssil Dongfeng 21 capaz de romper as defesas mesmo das embarcações norte-americanas mais reforçadas, com um diâmetro de alcance de 20 mil quilômetros – área bem acima do limite das águas chinesas.

Washington já demonstrou preocupação com as intenções militares da China, após seguidos aumentos no gasto militar e por causa da rápida modernização das Forças Armadas da nação asiática. A China ataca a ideia de um grupo de porta-aviões dos EUA patrulhar águas próximas de sua costa. Pequim demonstrou sua discordância com o fato de os EUA enviarem essas embarcações durante exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul.

O Departamento da Defesa dos EUA afirmou no mês passado que a China continuava a reforçar seu poderio militar no Estreito de Taiwan, apesar das melhorias nos laços com o governo de Taipé, que assumiu em 2008. O Pentágono afirma que Pequim está ampliando seus investimentos em uma série de áreas, incluindo armas nucleares, mísseis de longo alcance, submarinos, porta-aviões e tecnologia para guerras cibernéticas.

Muitos analistas dizem que o reforço militar chinês busca sobretudo ganhar uma possível guerra com os EUA por Taiwan. Pequim afirma que a ilha, que tem governo próprio, é seu território. A China rejeita esses temores, afirmando que seus investimentos militares são apenas para fins defensivos e as Forças Armadas chinesas não representam uma ameaça para qualquer país. As informações são da Dow Jones.

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