China poderá proibir TV na Praça da Paz na Olimpíada

A China poderá proibir as transmissões de televisão ao vivo da Praça da Paz Celestial, durante os Jogos Olímpicos de Pequim, aparentemente preocupada pelos recentes protestos no Tibete e a possibilidade de manifestações no centro da capital do país. Uma proibição das transmissões ao vivo arruinaria os planos da NBC e de outras cadeias internacionais de televisão, que pagaram centenas de milhões de dólares pelos direitos de transmissão dos jogos e esperam fazer tomadas ao vivo da praça.

O governo chinês havia prometido às cadeias que poderiam usar a praça, mas essa nova postura acontece no momento em que as autoridades do país enviaram tropas às zonas do Tibete, destruídas por protestos contra o governo de Pequim, e em meio ao aumento na segurança em outras cidades, aeroportos e zonas de lazer. As transmissões ao vivo da praça tinham a intenção de apresentar ao mundo uma China amável e confiável, deixando para trás a imagem da repressão militar que ocorreu ali, em 1989, durante manifestações em defesa da democracia.

"A praça é o rosto da China, o rosto de Pequim, pelo que muitas cadeia querem fazer tomadas da praça", disse Yosuke Fujiwara, chefe de relações públicas da Beijing Olympic Broadcasting Co. (BOB), uma parceria entre os organizadores locais dos jogos e uma subsidiária do Comitê Olímpico Internacional (COI). A BOB coordena e fornece serviços técnicos para as cadeias de televisão que têm direitos de transmissão das olimpíadas, como a NBC.

Contudo, esta semana as autoridades do comitê organizador de Pequim disseram à BOB que as transmissões ao vivo estão canceladas, segundo três pessoas ligadas ao assunto, que pediram o anonimato porque não estão autorizadas a falar com a imprensa. "Não foi dada nenhuma explicação para a mudança", disse uma das pessoas.

Sun Weijia, um diretor do comitê organizador encarregado da coordenação com a BOB, não fez comentários a respeito. Os escritórios do COI estavam fechados nesta sexta-feira e os dois porta-vozes não responderam às mensagens eletrônicas e telefonemas da Associated Press.

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