China pede mais diálogo com Irã sobre impasse nuclear

O governo chinês pediu hoje mais diálogo para se resolver o impasse nuclear com o Irã. Ontem, o presidente russo, Dmitry Medvedev, afirmou que seu governo estava pronto para considerar novas sanções contra Teerã. “Nós pedimos uma resolução do tema nuclear iraniano por meio dos canais diplomáticos. Acreditamos que ainda há espaço para esforços diplomáticos”, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, ao ser questionado sobre a declaração de Medvedev.

Pequim é um forte aliado do Irã, com interesses petrolíferos no país. A potência asiática se recusa a adotar sanções mais duras contra Teerã por seu contestado programa nuclear. Potências como os Estados Unidos afirmam que os iranianos buscam secretamente produzir armas nucleares, mas o regime iraniano diz ter apenas fins pacíficos, como a produção de energia. A China – ao lado de EUA, França, Inglaterra e Rússia – tem poder de veto no Conselho de Segurança (CS) da ONU. A Alemanha também está envolvida nas negociações com o Irã.

A Rússia se mostrava hesitante em apoiar novas sanções ao Irã na ONU – o país persa já foi alvo de três rodadas de sanções por seu programa nuclear – mas, ontem, após Medvedev se encontrar com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, ele declarou que, apesar de ver a sanção apenas como último recurso, estava aberto à ideia.

“A Rússia está pronta, junto com nossos outros parceiros, a considerar a introdução de sanções” se não houver avanços nas negociações, afirmou Medvedev em entrevista coletiva. “Essas ações devem ser calibradas e inteligentes. Essas sanções não podem atingir a população civil”, defendeu. Na semana passada, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou esperar que o Conselho de Segurança adote sanções contra o Irã “nós próximos 30 ou 60 dias”.

Tendencioso

Hoje, o chefe do setor atômico do Irã, Ali Akbar Salehi, acusou o novo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, de ser tendencioso. No dia anterior, Amano afirmou que o Irã não fornece informações suficientes sobre suas atividades nucleares, o que impossibilita que a AIEA afirme que o país tem apenas fins pacíficos. As informações são da Dow Jones.

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