A China pediu hoje o fim do Fórum de Governança da Internet (IGF, na sigla em inglês) da ONU. Pequim afirma que essa entidade é dominada por países poderosos no setor da tecnologia da informação.
“Sem quaisquer reformas no IGF, não é necessário dar a ele uma extensão de cinco anos”, defendeu Chen Yin, chefe da delegação chinesa. A declaração ocorreu durante a quarta conferência do fórum, na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh.
O Fórum de Governança na Internet foi estabelecido após um encontro mundial sobre a sociedade de informação, em Túnis, em 2005. A intenção da iniciativa é reunir membros da comunidade global para discutir o futuro da internet. O quinto encontro desse fórum está marcado para a Lituânia, em 2010.
Outros participantes do IGF, como Estados Unidos, Japão e a União Europeia, apoiaram a extensão do mandato do fórum. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, decidirá sobre a manutenção ou não do IGF após receber relatórios dos delegados.
Um representante do governo dos EUA, Richard Beaird, disse que o fórum “se mostrou um espaço valioso para a troca de informações e o diálogo internacional”. Segundo ele, os EUA “apoiam a continuidade do IGF além do mandato inicial de cinco anos”. A UE também demonstrou seu apoio à iniciativa.
Já para o representante chinês, o IGF “tem muita duplicação (de trabalho) com o que está sendo explorado e estudado em outras organizações”. Chen afirmou que a agenda de desenvolvimento do fórum ficou em segundo plano, diante de exigências de grandes companhias do setor de tecnologia da informação.
A China está entre os países que têm sido criticados pela censura online e por investir em tecnologia sofisticada para filtrar e monitorar as atividades da internet. Durante sua visita à China nesta semana, o presidente dos EUA, Barack Obama, defendeu a liberdade de expressão na internet durante encontro com jovens locais. As informações são da Dow Jones.