O Comitê do Partido Comunista Chinês (PCCh) decidiu nesta sexta-feira expulsar da legenda o ex-dirigente Bo Xilai e enviar seu caso à Justiça, informou a agência oficial “Xinhua”.
Xilai, ex-chefe do PCCh em Chongqing, pode ser acusado de corrupção, abuso de poder e relações “impróprias” com mulheres, de acordo com a agência.
O anúncio foi feito apenas cinco dias depois que seu antigo “número dois” e ex-chefe da polícia de Chongqing, Wang Lijun, foi condenado a 15 anos de prisão.
Wang causou o maior escândalo da política chinesa em décadas quando, em fevereiro, tentou se refugiar no Consulado dos Estados Unidos em Chengdu.
Lá, denunciou a má conduta de Xilai e vinculou a sua esposa, Gu Kailai, ao homicídio do britânico Neil Heywood em novembro de 2011, após ter encoberto o crime durante três meses.
Depois isso, Xilai foi cassado e suspenso do Politburo e do Comitê Central do PCCh, enquanto Gu foi condenada pelo homicídio de Heywood e, Wang, por quatro crimes diferentes.
Até o escândalo, Bo Xilai era um dos políticos de maior projeção da China e tinha grandes chances de ocupar um dos postos do Comitê Permanente do Partido – a cúpula do poder chinês -, que será renovado no XVIII Congresso que começa no dia 8 de novembro.
A data foi anunciada hoje pela “Xinhua” minutos depois da breve informação sobre Xilai, embora a agência chinesa não tenha relacionado os dois assuntos.