A China despachou nesta sexta-feira (26) uma flotilha com forças especiais, mísseis guiados e helicópteros para combater os piratas nas águas da Somália. É a primeira missão do país asiático com navios de guerra fora de suas águas. As três embarcações – dois destróieres e um navio com suprimentos – podem ser consideradas um reflexo do aumento do poderio militar chinês. Os barcos chineses partiram hoje de uma base na província insular de Hainan, segundo a agência estatal Nova China e a emissora estatal CCTV.
A missão representará um salto na capacidade de cooperação do país com outras forças armadas que navegam pelo Golfo de Áden, um dos mais movimentados do mundo. Navios de Índia, Rússia, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e dos Estados Unidos percorrem também as águas somalis, onde piratas atacam com freqüência nos últimos meses.
A China anunciou na terça-feira que se uniria à missão, após o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) autorizar vários países a realizarem ataques por terra e ar nos refúgios dos piratas.
Os piratas já conseguiram US$ 30 milhões em resgates com seqüestros de barcos neste ano. Capturaram mais de 40 embarcações nas águas somalis, em uma costa de 3 mil quilômetros.
A missão será complexa e representará uma evolução para a armada chinesa, apontou a empresa de inteligência Stratfor, sediada em Austin, no Texas. Nos últimos anos, a Marinha chinesa adquiriu uma série de materiais como mísseis e outras armas, além de embarcações.