A China enfrenta o risco de entrada de fundos especulativos em larga escala, o que pode se somar às pressões inflacionárias e deixar o mercado local de capitais mais volátil, afirmou o vice-diretor do órgão regulador de política cambial do país.
Persiste a pressão para que o yuan se aprecie e essa pressão se junta às expectativas para uma apreciação, disse Deng Xianhong, vice-diretor da Administração Estatal para Câmbio, durante um fórum.
Os recursos estão entrando na China por diversos canais, incluindo uma recuperação do superávit comercial e do capital especulativo, buscando retornos em investimentos de curto prazo.
Deng acrescentou, sem entrar em detalhes, que a China também enfrenta riscos de saída de recursos. Ele ecoou as recentes críticas de oficiais chineses sobre a política do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) de afrouxamento quantitativo, dizendo que essa política adiciona incerteza à perspectiva para a recuperação econômica global.
Em novembro, o índice de preços ao consumidor chinês subiu 5,1%, ante o mesmo período no ano passado, marcando o aumento mais rápido em dois anos, o que intensificou temores sobre inflação e adicionou pressão para que as autoridades apertem a política monetária. As informações são da Dow Jones.