A China e a Rússia realizarão exercícios navais conjuntos no Mar do Sul em setembro, disse o Ministério da Defesa chinês, em meio à tensão regional após um tribunal internacional rejeitar as reivindicações marítimas de Pequim na região. Um porta-voz do Ministério da Defesa chinês, coronel Yang Yujun, deu poucos detalhes sobre o assunto, mas disse que os exercícios são “rotina” e não estão direcionados contra qualquer país.

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Pequim e Moscou têm fortalecido seus laços de defesa nos últimos anos, em parte devido ao interesse compartilhado em conter a pressão relativa a suas atividades militares dos EUA e de seus aliados. As operações também serão as primeiras conjuntas entre quaisquer países no Mar do Sul da China desde que o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia decidiu em grande medida contra o governo chinês em 12 de julho, em um caso levado pelas Filipinas à corte.

“Este é um exercício de rotina entre as duas Forças Armadas, voltado para fortalecer a parceria cooperativa estratégica entre China e Rússia”, disse o militar chinês. “O exercício não é direcionado contra terceiras partes”, avaliou Yang.

Os dois países muitas vezes encontram uma causa comum ao bloquear iniciativas dos EUA e seus aliados no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, onde são membros permanentes, com poder de veto. Nos últimos anos, se aproximaram também para condenar atividades militares dos EUA e de seus aliados perto de suas fronteiras.

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Em 2014, Rússia e China realizaram exercícios navais conjuntos no Mar do Sul da China pela primeira vez, poucos meses após uma disputa territorial entre Pequim e Tóquio por causa de um pequeno conjunto de ilhas.

A China diz que a decisão judicial é inválida e que o tribunal de Haia não tinha jurisdição sobre o caso. Fonte: Dow Jones Newswires.

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