A China e os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira, um acordo para conter e desestimular os ataques cibernéticos que roubam registros corporativos para benefício econômico. O anúncio, feito durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, a Washington, vem em meio a um rápido aumento das violações virtuais.

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Os dois países concordaram em cooperar de forma mais intensa nas investigações de crimes cibernéticos, além de criar um grupo de alto nível para combater esses tipos de ataque.

O acordo marca um avanço considerável no comprometimento dos países sobre o assunto, mas não ficaram claras as formas com que será aplicado.

Obama afirmou que tem feito progresso com Jinping por meio de negociações, e ressaltou que as autoridades norte-americanas monitorariam os oficiais chineses a fim de verificar se os ataques cessarão.

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Por sua vez, o presidente chinês disse que ambos os países “devem reforçar o diálogo e a cooperação” em maneiras de prevenir os ataques. Como parte do novo acordo, os países vão realizar duas reuniões anuais para discutir questões relacionadas com a segurança cibernética.

Os presidentes não se entenderam sobre ataques virtuais para fins de espionagem. Obama ainda afirmou que durante uma reunião com o líder chinês, lhe foi dito que “com 1,3 bilhões de habitantes, não se pode garantir o comportamento de cada pessoa em solo chinês”.

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Ambos os presidentes pediram a criação de diretrizes internacionais sobre ataques cibernéticos. Obama afirmou que o progresso nessa área é necessário porque “as regras não estão bem desenvolvidas”.

Um desafio para a proposta é o fato de que muitos países não querem revelar suas capacidades de guerra cibernética, o que inclui os EUA e a China. Fonte: Dow Jones Newswires.