A China acusou a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, de tentar usar uma planejada parada nos Estados Unidos para ganhar pontos diplomáticos. A declaração é dada após um telefonema sem precedentes entre Tsai e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

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Questionado se a China pediu aos EUA para cancelar a parada no país durante a viagem planejada para o próximo mês, Lu Kang, porta-voz do ministério, reiterou que a China tem soberania sobre Taiwan e acusou Tsai de maquinações políticas. Lu disse que a administração de Taiwan e sua líder “sempre realizam alguns movimentos baixos, como uma diplomacia em trânsito cujas intenções políticas posteriores estão bem claras para todos”.

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Tsai planeja parar nos EUA em sua viagem para Nicarágua, Guatemala e El Salvador, que estão entre os poucos aliados diplomáticos de Taiwan. A China, que vê Taiwan como uma província separatista, deseja que nenhum país tenha contato formal com seu governo. A ilha tem relações diplomáticas com apenas 22 nações, das quais 12 estão na América Central e no Caribe.

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O telefonema na sexta-feira entre Tsai e Trump rompeu com um precedente de mais de quatro décadas para evitar esse tipo de comunicação direta. Em Washington, Trump foi criticado por sua aparente indiferença ao protocolo diplomático. A China, que se dividiu com Taiwan durante a guerra civil de 1949, continua a ameaçar o uso da força para reunificar a província, se necessário. O porta-voz disse que a China retaliará contra qualquer prejuízo a seus interesses, não importa as consequências. Fonte: Associated Press.