A China criticou, de forma implícita, os ataques de Israel na Síria quando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu chegou a Xangai para uma vista nesta segunda-feira.

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Os ataques aéreos contra instalações militares nas proximidades de Damasco no domingo – cujo alvo parece ter sido armas que seriam enviadas para o grupo militante libanês Hezbollah – elevou os temores de que o conflito sírio, que já dura 26 meses, passe a abranger uma região mais ampla.

“Nós nos opomos ao uso da força e acreditamos que a soberania de cada país deve ser respeitada”, disse a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying, durante coletiva de imprensa regular, ao ser questionada sobre os ataques.

Ela disse também que a China pede que todos os envolvidos “exercitem o comedimento e evitem ações que possam elevar as tensões”.

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Seus comentários foram feitos enquanto Netanyahu chegava para uma visita de cinco dias à China, que vai terminar em Pequim com reuniões com o presidente Xi Jinping e o primeiro-ministro Li Keqiang.

Trata-se da primeira visita de um primeiro-ministro israelense ao país desde 2007 e se sobrepõe a uma viagem de três dias realizada pelo presidente palestino Mahmoud Abbas a Pequim, onde ele se reuniu com Xi e outras autoridades nesta segunda-feira.

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Abbas deve deixar a China na terça-feira e os dois líderes não devem se encontrar enquanto estiverem em território chinês.

Os ataques de domingo foram o segundo episódio em 48 horas, realizados com o objetivo de evitar que armas cheguem ao arquirrival de Israel, o Hezbollah.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu comedimento após o evento, enquanto autoridades sírias afirmaram que os “mísseis estão prontos” para retaliar.

Após o primeiro ataque da semana, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que Israel tem o direito de se proteger. Segundo estimativas, o conflito sírio já matou mais de 70 mil pessoas desde seu início, em março de 2011. As informações são da Dow Jones.