O governo da China afirmou hoje que é contrário a qualquer atividade militar na zona econômica exclusiva do país sem sua permissão, informou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hong Lei. Os comentários foram uma referência ao anúncio de Estados Unidos e Coreia do Sul de um exercício militar conjunto no Mar Amarelo, a oeste da Península Coreana, inclusive com a participação do porta-aviões USS George Washington.

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O exercício deve começar no próximo domingo e foi anunciado após uma troca de disparos de artilharia entre a Coreia do Norte e Seul na última terça-feira. Os governos dos EUA e da Coreia do Sul, porém, afirmam que a atividade já estava marcada anteriormente.

Os comentários do porta-voz chinês são mais duros que os feitos pelo funcionário ontem, quando ele disse que a China estava preocupada com as informações sobre exercícios militares. Pequim não disse, porém, que tomará alguma medida específica diante dos exercícios.

No comunicado divulgado no site da chancelaria, Hong também reiterou os pedidos chineses para que todas as partes envolvidas mantenham a calma e aumentem seus esforços para abrandar a “séria situação”, a fim de garantir a paz e a estabilidade na Península Coreana.

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A China é o único aliado importante da Coreia do Norte, e tem pedido calma a todos os lados envolvidos para evitar mais violência. Seul afirma que Pyongyang começou a atacar na terça-feira, matando dois militares e dois civis sul-coreanos. Já o governo norte-coreano alega que apenas reagiu a uma provocação do vizinho, que teria disparado em águas territoriais norte-coreanas durante um exercício militar. Seul confirmou a realização do exercício, mas nega que tenha havido disparos nas águas da Coreia do Norte. As informações são da Dow Jones.