A China confirmou hoje mais 12 casos de contaminação pelo vírus da gripe A H1N1, elevando a mais de cem o total de vítimas da doença no país. Ao mesmo tempo, a disseminação do surto pela Austrália pode levar a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a primeira pandemia de gripe em 41 anos. Também foram reportados novos casos em Hong Kong, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Tailândia. No território de Hong Kong, inclusive, autoridades locais anunciaram o primeiro caso de contaminação autóctone pelo vírus A H1N1.
Ontem, em Genebra, o doutor Keiji Fukuda, vice-diretor da OMS, advertiu: “Estamos realmente muito próximos de saber que estamos em uma situação de pandemia”. Hoje, a direção da OMS se reunirá em Genebra com representantes de governos de todo o mundo para decidir se eleva ao nível máximo o atual alerta de pandemia.
De acordo com os números mais recentes da OMS, divulgados ontem, a gripe A H1N1, também conhecida como gripe suína, já infectou mais de 26.500 pessoas em 73 países. Até o momento, 140 casos terminaram em morte. A maior parte dos casos ocorreu na América do Norte, mas houve um aumento acentuado de incidência da enfermidade na Europa e nas Austrália ao longo dos últimos dias.
Na Austrália, os casos saltaram para mais de mil ontem. Se ficar evidente que a gripe suína está se disseminando rapidamente de pessoa para pessoa em outra região do mundo fora da América do Norte, como vem ocorrendo na Austrália, aumenta a probabilidade de a OMS declarar estado de pandemia, o que significa a incidência do surto em escala global.