Uma corte na província chinesa de Xinjiang sentenciou quatro pessoas à morte por envolvimento nos violentos protestos ocorridos em julho do ano passado, informou hoje um funcionário do governo. Com isso, subiu para 26 o número condenados à morte por participação nos tumultos. A mídia estatal informou que nove das execuções já foram realizadas.

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Os veredictos foram emitidos ontem por uma corte na capital provincial de Urumqi. A cidade foi palco de violentos enfrentamentos, principalmente entre muçulmanos uigures e membros da etnia han, majoritária no país. Os distúrbios deixaram quase 200 mortos e mais de 1.600 feridos.

Além dos quatro condenados à morte, mais oito réus receberam pena de prisão perpétua. O “Xinjiang Daily” informou que os réus eram acusados por “crimes violentos de atacar, ferir, saquear e queimar”. Os nomes dos réus fornecidos pelo “Xinjiang Daily” pareciam de uigures, minoria que reclama há tempos de repressão no país. Durante a erupção inicial da violência, em 5 de julho, os uigures atacaram chineses han. Nos dias subsequentes, grupos de pessoas da etnia han andavam pelas ruas da capital, buscando vingança.

Os uigures dizem que a violência começou quando a polícia reprimiu manifestações pacíficas em Urumqi, por causa da morte de dois uigures em uma fábrica no sul da China. O governo afirma que enfrenta uma ameaça separatista em Xinjiang e prometeu penas duras para os envolvidos nos distúrbios. Uigures exilados, porém, afirmam que Pequim exagera na ameaça para justificar um controle rígido sobre a estratégica região, rica em reservas energéticas e que faz fronteira com vários países da Ásia Central. As informações são da Dow Jones.

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