A China começou a operar dois faróis em um recife de uma cadeia de ilhas disputadas no Mar do Sul da China, disse a agência de notícias estatal Xinhua, em meio a crescentes preocupações dos Estados Unidos e dos vizinhos da China sobre as ambições marítimas de Pequim. O ministério dos Transportes chinês realizou uma cerimônia de conclusão na sexta-feira dos faróis de 50 metros Huayang e Chigua sobre o recife Huayang nas Ilhas Spratly, conforme a Xinhua.
As Ilhas Spratly, em sua maioria áridas, ficam em uma área de recifes e atóis que podem estar em cima de depósitos de petróleo e gás natural, em uma das vias marítimas mais movimentadas do mundo. Elas também são reivindicadas por Taiwan, Malásia, Filipinas, Vietnã e Brunei.
As tensões têm aumentado à medida que Pequim avança em sua reivindicação de praticamente todo o Mar do Sul da China. Os EUA e as Filipinas têm expressado preocupação de que os projetos de recuperação de terras da China em torno dos recifes e atóis poderiam ser utilizados como base para aviões militares e navios da Marinha com o objetivo de intimidar outros pretendentes às águas disputadas e ameaçar a liberdade de navegação, por isso pediram um congelamento dessa atividade.
A China rejeita essas alegações, avaliadas como uma interferência dos EUA na região, e diz que está em seu direito soberano de desenvolver ilhas feitas de areia empilhadas em cima de recifes e atóis. Segundo a Xinhua, os faróis buscam dar resposta a uma grave escassez de ajuda à navegação, bem como de forças de resposta a emergências marítimas e de derrame de petróleo, que “têm prejudicado imensamente a segurança da navegação e o desenvolvimento econômico e social” no Mar do Sul da China. A agência disse que o ministério dos Transportes da China vai continuar construindo instalações para fornecer serviços de navegação a navios de passagem e países da região. Fonte: Associated Press.