O encontro entre os membros do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e China) para discutir restrições ao programa nuclear do Irã foi cancelado a pedido da China, disseram autoridades de três dos países envolvidos na reunião. O cancelamento foi um revés nos esforços de apresentar uma frente unificada diante da contínua provocação do Irã com seu programa nuclear.
Segundo uma fonte oficial, a China parece ter problemas de agenda para participar da reunião que ocorreria em Bruxelas, e não parecia estar buscando adiá-la. Agora, os cinco planejam conversar por meio de conferência por telefone.
Como depende de Teerã para gás e petróleo, a China é o elo mais fraco nas tentativas internacionais de punir Irã por desafiar a exigência do Conselho da ONU para que interrompa o enriquecimento de urânio.
Este processo é essencial para a geração de combustível usado no funcionamento das usinas nucleares, e também pode ser usado para carregar ogivas atômicas. O Irã sustenta que seu programa nuclear é civil e tem finalidades pacíficas, estando de acordo com as normas do Tratado de Não Proliferação Nuclear, do qual é signatário.
No entanto, o Irã também ameaçou este mês expandir o programa de enriquecimento, enquanto rejeitou um plano intermediado pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) para fornecer combustível para seu reator de pesquisa se o Irã exportar a maior parte de seu estoque enriquecido – uma ação que eliminaria o material para ogivas.
Os EUA, a França e a Grã-Bretanha estão tentando convencer Rússia e China a apoiar novas e duras sanções contra Teerã logo no começo de 2010, caso outras opções diplomáticas fracassem.
Israel
As potências mundiais também precisam se preocupar com um Israel cada vez mais tendencioso. O país vê uma República Islâmica com tais armas como uma ameaça existente e indicou que está pronto para atingir o exército de Teerã. O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, instou o mundo a concordar com novas sanções severas, ao mesmo tempo em que sugeriu que ataques militares continuam sendo uma opção.
“Há necessidade de duras sanções”, disse Barak a repórteres em Viena durante visita oficial. “Algo que seja bom e coordenado coerentemente para incluir os americanos, a União Europeia, os chineses, os russos e os indianos. Recomendamos a todos os participantes que não tirem nenhuma opção da mesa”, assim como “nós não retiramos”, acrescentou.