O governo da China anunciou durante o fim de semana um plano de estímulo de três anos para o setor de automóveis com o objetivo de estimular um crescimento anual de 10% nas vendas domésticas de veículos até 2011. O plano implicará na consolidação de parte das fábricas do país, além do incentivo para a produção de carros movidos a energia elétrica.
Em 2008, o crescimento das vendas de veículos na China desacelerou para uma alta de 6,7%, dando fim a uma década de aumentos de dois dígitos nas vendas desse setor. Em janeiro deste ano, porém, as vendas de veículos na China excederam as dos Estados Unidos.
De acordo com o conselho, duas ou três grandes montadoras serão formadas com capacidade anual conjunta para fabricação de dois milhões de veículos até 2011. O plano também prevê nos próximos três anos a consolidação das 14 maiores montadoras domésticas, que atualmente representam 90% do mercado interno de veículos, em dez companhias.
O governo chinês quer encorajar um crescimento estável de 10% nas vendas de veículos até 2011, além do aumento na produção de carros elétricos. Para 2009, a meta será vender dez milhões de veículos. O pacote também inclui 10 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão) em subsídios para pesquisa sobre energia alternativa, segurança, entre outros itens. A China quer produzir 500 mil carros elétricos por ano e pretende que esse tipo de veículo represente 5% das vendas.
Siderurgia
O governo chinês também divulgou um plano para a revitalização do setor siderúrgico que, como no caso da indústria automobilística, também prevê consolidação de empresas.
O Conselho de Estado da China anunciou no fim de semana um plano de estímulo de três anos para o setor de siderurgia para fortalecer a posição de suas principais indústrias no mercado internacional. O plano prevê a consolidação do setor e uma redução de 8% na produção de aço em 2009.
De acordo com informações que constam no site do conselho, a China vai encorajar a consolidação da indústria de aço para transformar três grandes grupos – Baosteel, Anben Iron and Steel e Wuhan Iron and Steel – em empresas globais competitivas, com capacidade de produção conjunta de pelo menos 50 milhões de toneladas por ano até 2011.
O país também reduzirá a produção de aço bruto em 8%, para 460 milhões de toneladas, em 2009, como parte de seus esforços para ajustar a produção a níveis razoáveis. Os planos também incluem o fechamento de unidades produtivas com tecnologia ultrapassada e o aumento da eficiência na utilização de energia pelas siderúrgicas. As informações são da Dow Jones.