Quase 500.000 ciberataques contra computadores da China foram registrados no ano passado e quase a metade deles originou-se no exterior, denunciou nesta terça-feira o governo chinês. A informação vem à tona dias depois de sugestões segundo as quais Pequim poderia estar por trás de ataques à segurança cibernética pelo mundo.
A maioria dos ataques detectados por uma agência chinesa de monitoramento deu-se na forma de vírus “cavalo de troia”, os quais permitem acompanhar o uso e acessar as informações pessoais de quem acessa a máquina infectada. Do total desses ataques, 14,7% tiveram origem em computadores dos Estados Unidos e 8% partiram da Índia.
Os dados foram divulgados na página na internet do Centro Nacional de Coordenação de Resposta a Emergências em Redes de Computadores da China.
No início de agosto, e empresa de segurança em informática McAfee divulgou relatório segundo o qual 70 entidades foram alvo de ciberataques que se estenderam por pelo menos cinco anos. Entre essas entidades estavam a Organização das Nações Unidas (ONU), o Comitê Olímpico Internacional, governos de diversos países e algumas empresas norte-americanas.
A McAfee apontou “um país” como provável culpado e as suspeitas recairiam sobre a China. O governo chinês não se pronunciou oficialmente, mas a mídia estatal do país qualificou as especulações como irresponsáveis. As informações são da Associated Press.