Depois de a região norte do Chile registrar um novo tremor de 7,8 graus na escala Richter na noite de ontem e ter novos alertas de possíveis tsunamis, a população chilena ainda sofre com as incertezas e possibilidades de novos terremotos.
Segundo o Centro Sismológico Nacional (CSN), mais de 50 réplicas de temores foram registrados nesta madrugada nas localidades de Arica, Parinacota e Tarapacá. Na média, a cada seis minutos acontece uma réplica dos terremotos registrados nos últimos dois dias, segundo o CSN.
Um desses terremotos registrou 6,3 graus e outros sete sismos atingiram 5 graus. Além disso, 19 temores estiveram entre 4 e 4,9 graus. Com essa sequência de abalos sísmicos, os habitantes da região tiveram que, novamente, sair de suas casas e se dirigirem para zonas mais altas das cidades, como forma de proteção. Durante à noite, a presidente chilena, Michele Bachelet, precisou ser retirada do hotel em que estava hospedada em Arica e foi conduzida a uma zona de segurança.
“Fui removida como qualquer outro cidadão chileno. Podemos perceber que nos últimos anos a nossa população se preparou para incidentes como esse”, disse a presidente no Twitter.
Em entrevista à mídia local, o diretor do centro, Sergio Barrientos, assegurou que é “normal” que se produzam fortes abalos sísmicos como registrados na noite anterior, mas não descartou a possibilidade de ocorrerem novos terremotos de grande escala na região norte.
Após o tremor de 7,6 graus, o Ministério da Educação do Chile decidiu suspender por tempo indeterminado as aulas na parte norte do país. Nos aeroportos, a orientação é para que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas para confirmar os voos.
Até o momento, seis mortes foram confirmadas em função dos terremotos dos últimos dois dias. O Chile é um dos países mais sujeitos a terremotos no mundo e os tsunamis são um perigo constante devido a proximidade do país com a placa tectônica Nazca. (Edgar Maciel – edgar.maciel@estadao.com)