O embaixador de Brasília em Santiago, Mario Vilalva, disse que o Chile representa a união entre Ásia e Oceano Pacífico, mercados de grande interesse para o Brasil. "Estamos trabalhando na relação bilateral e em outros mercados. No ano passado, apoiamos muitas iniciativas chilenas na África, nisso temos alguma experiência e podemos apóiá-las, da mesma forma que o Chile tem experiências em países asiáticos", disse o diplomata.
"Nos interessamos em expandir nossas relações comerciais, culturais e políticas com países asiáticos e o Chile, como ponte entre América do Sul e Ásia, pode nos ajudar bastante", disse.
O embaixador destacou o fluxo comercial bilateral, próximo a US$ 8 bilhões, estimando um crescimento de 10 a 15%. Segundo Vilalva, o Brasil "está aprendendo a investir no exterior".
Em entrevista à Rádio Cooperativa, Vilalva destacou ainda o importante papel de ambos os países na América Latina, e o desempenho no recente conflito entre Equador e Colômbia, ambos os governos promoveram reuniões para solucionar o problema.
"Brasil e Chile têm uma forma de pensar muito parecida, e nós estamos trabalhando de forma muito conjunta para a integração de nosso continente, sobretudo a América do Sul, que é um referente geográfico muito real", disse.
Em outro aspecto, referiu-se ao uso do biocombustível levado a cabo no Brasil, assegurando que é uma "falsa idéia" o conceito de que a agricultura como sistema de alimentação esteja em perigo com o desenvolvimento desta tecnologia, que permite ao Brasil economizar cerca de 500 mil barris de petróleo por dia. Por fim, ele comentou a instalação de um centro cultural na antiga penitenciária de Valparaíso, projetado por Oscar Niemeyer. A obra deverá estar pronta até 2010 e, segundo Vilalva "será um referencial muito importante".