O vice-presidente do Senado chileno, Baldo Prokurica, pediu nesta quarta-feira (23) que o governo impulsione o desenvolvimento dos biocombustíveis a partir de sementes e de algas não comestíveis.
Prokurica destacou os projetos de universidades do norte do Chile, que desenvolvem o cultivo da jatropha, uma semente de origem brasileira, no deserto do Atacama e o cultivo de algas que se reproduzem rapidamente graças ao dióxido de carbono e que produzem até 10 vezes mais óleo que a soja ou o milho.
"O governo deve concentrar seus recursos para produzir biodiesel com esse tipo de produtos, que não vão encarecer o preço dos alimentos", disse Prokurica. "O Chile não entendeu e não avaliou o efeito da situação petrolífera, e não gerou incentivos fortes para implementar este tipo de pesquisa", continuou.
Segundo o vice-presidente do Senado, que faz parte da Comissão de Minas do Chile e pertence ao partido de oposição Renovação Nacional, "essas plantas, além de produzir grande quantidade de matéria orgânica para biodiesel, permitem reduzir a emissão de CO2 na atmosfera e, portanto, diminuem a contaminação e podem gerar créditos-carbono".
A empresa estatal de petróleo do Chile afirma que o governo deverá assumir, em 2008, US$ 2,8 bilhões em custos extras com o crescimento da importação de petróleo e diesel, devido à falta de gás argentino.