Pelo menos 15 pessoas morreram e cerca de 680 ficaram feridas em Bangcoc, capital da Tailândia, quando soldados e policiais tailandeses enfrentaram manifestantes contrários ao governo nas ruas. Informações iniciais indicavam 10 mortos nos confrontos. Entre os mortos estão soldados, civis e um cinegrafista japonês da Thomson Reuters. Este foi o pior episódio de violência política no país em quase 20 anos.

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O exército chegou ao local para dispersar os manifestantes, vestidos de camisas vermelhas, de suas bases em Bangcoc ao entardecer, pelo horário local, mas segundo um fotógrafo da Associated Press, ao contrário, uma batalha se instalou. Segundo o fotógrafo, pôde-se ouvir o som de armas e explosões, a maior parte de coquetéis Molotov. Após duas horas de intensas batalhas, os soldados recuaram e pediram aos manifestantes que fizessem o mesmo.

Pouco antes da meia-noite (horário local) de hoje, o primeiro-ministro tailandês, Abhisit Vejjajiva, usou uma cadeia nacional de televisão para prestar suas condolências as famílias das vítimas e indicou que não iria se curvar às exigências dos manifestantes para dissolver o Parlamento e convocar novas eleições.

“O governo e eu ainda somos responsáveis pela tarefa de aliviar a situação e tentar trazer a paz e a ordem ao país”, disse Abhisit, prometendo uma investigação transparente sobre a violência.

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Contudo, nas primeiras horas deste domingo em Bangcoc, os manifestantes “camisas vermelhas” fizeram um apelo ao rei para que intervenha após os sangrentos confrontos na capital, como uma “forma de evitar mais mortes”.

Embora não tenha nenhum papel político oficial, o rei da Tailândia Bhumibol Adulyadej é visto como uma figura unificadora e durante um levante em 1992 ele criticou severamente os militares e líderes dos protestos, efetivamente trazendo um fim à violência. O monarca mais antigo no poder no mundo, é reverenciado como um semideus por muitos tailandeses. Doente, ele está hospitalizado desde setembro.

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Um porta-voz do exército disse que os manifestantes contrários ao governo mantinham cinco soldados como reféns em Bangcoc. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.