Chega a 120 total de mortos em explosões em Bagdá

O total de mortos pelas explosões de hoje em Bagdá, no Iraque, subiu para mais de 120. Os feridos já são quase 450, de acordo com autoridades locais. Há informações conflitantes sobre os locais atacados e ainda não foi possível mensurar com exatidão a extensão dos danos. No entanto, a intensidade e a proximidade das explosões apontam para uma ação coordenada.

De acordo com policiais e emissoras locais de rádio, diversos carros-bomba explodiram em diferentes pontos da capital num intervalo de poucos minutos. Moradores afirmaram ter ouvido pelo menos três detonações por volta das 10h45 locais. Uma fonte no Ministério de Interior do Iraque disse à agência “AFP” que 127 pessoas morreram e 448 ficaram feridas em cinco explosões de carros-bomba.

Existe a possibilidade de os números de mortos e feridos aumentarem ainda mais depois que os serviços de resgate tiverem uma perspectiva mais completa dos atentados. Até o início da tarde de hoje, nenhum grupo ou indivíduo reivindicou a autoria dos ataques, mas as características das ações levam autoridades locais a suspeitarem do grupo extremista Al-Qaeda no Iraque.

A série de explosões ocorre na esteira de outros ataques de grandes proporções ocorridos na capital iraquiana ao longo dos últimos meses. Em agosto, dois ministérios foram atacados em uma ação coordenada. No fim de outubro, insurgentes agiram perto da prefeitura. Ambos os atentados deixaram mais de cem mortos.

Funcionários iraquianos e americanos especulam que os insurgentes estejam tentando provocar instabilidade no Iraque nos meses que antecedem as eleições gerais no país árabe.

Hoje, a assessoria de imprensa do presidente Jalal Talabani informou que as eleições parlamentares no Iraque serão realizadas em 6 de março de 2010. O anúncio desfaz meses de impasse em torno da votação, que agora está marcada para quase dois meses depois do originalmente previsto.

A Constituição iraquiana exigia a realização de eleições gerais até o fim de janeiro, mas desentendimentos entre as principais facções políticas representadas no Parlamento para a aprovação de uma nova lei eleitoral forçaram o adiamento do pleito. As informações são da Dow Jones.

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