O número de vítimas fatais da cólera no Zimbábue subiu para 1.111, informou nesta quinta-feira (18) escritório da assuntos humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra. O dado é referente ao dia anterior e representa 133 novas mortes em dois dias. Os números, compilados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), indicam que o número de casos registrados subiu para 20.581, desde o início da epidemia, em agosto. Na segunda-feira, funcionários do setor de saúde citaram 18.413 casos e 978 mortes.
A agência da ONU aponta que a falta de água potável e sistema de esgoto continua a ser um problema, bem como o decadente serviço de saúde e uma greve de enfermeiros. Os funcionários do setor de saúde têm sido “incapazes de conseguir os salários do banco, devido à falta de cédulas de dinheiro, tornando muito oneroso e caro viajar a trabalho”, apontou a OMS.
A alta inflação forçou o Zimbábue a colocar em circulação moedas de valor mais alto, levando à formação de longas filas fora dos bancos. Ainda segundo a agência, a cólera atingiu mais a capital, Harare. A OMS advertiu sobre a falta de suprimentos médicos para tratar a doença.