O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, se reuniu nesta quarta-feira (13) com representantes da comunidade judaica internacional para “aprofundar o diálogo entre civilizações, partindo do respeito mútuo”, informou o chanceler Nicolas Maduro.
A reunião foi realizada no Palácio de Miraflores, em Caracas, da qual participaram uma delegação do Congresso Mundial Judaico, chefiada por Ronald Lauder, e representantes do Congresso Judaico Latino-Americano, liderada por Jack Terpins.
Após o encontro, Terpins destacou à imprensa a “importância de ter um amigo como o presidente Chávez”.
Dirigentes judeus costumam criticar Chávez pelas relações que seu governo mantém com o Irã e por sua identificação com a causa palestina.
Em setembro de 2007, a Confederação de Associações Israelitas da Venezuela repudiou a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, a Caracas.
Maduro disse que o encontro foi “muito frutífero e positivo”, em um tom “franco e cordial”, no qual se discutiram temas como “a comunidade judaica no mundo, a situação atual na América Latina, entre outros acontecimentos”.
Também participaram da reunião o embaixador da Argentina nos Estados Unidos, Héctor Timerman, o representante da comunidade judaica na Venezuela, Levi Benshimol, e o embaixador venezuelano nos EUA, Bernardo Alvarez Herrera.
Timerman falou que Chávez manifestou “seu desejo e interesse de unir seu trabalho aos do presidente Lula e aos de Cristina Kirchner (presidente da Argentina) para erradicar totalmente o anti-semitismo na América Latina”.
Segundo registros do Congresso Judaico Latino-Americano, existem hoje cerca de 12 mil judeus na Venezuela. Quando Chávez se elegeu, em 1999, o número era de 22 mil.
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