O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que o comércio de seu país com a Colômbia acabou e sugeriu que empresas do Brasil assumam o espaço que será deixado pelas colombianas. Chávez adiantou que irá buscar outros países para substituir as importações procedentes da Colômbia, principalmente produtos agrícolas, e mencionou o Brasil, Argentina e Equador.

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Chávez concedeu uma entrevista coletiva ao lado do presidente equatoriano, Rafael Correa, num giro pela América Latina em busca de apoio contra uma incursão militar colombiana contra o território de seu país. Correa disse ter ficado satisfeito com resolução aprovada na Organização dos Estados Americanos (OEA) que reafirmou o princípio de inviolabilidade do território de um Estado. "Estamos esgotando todas as instâncias pacíficas e diplomáticas para que a comunidade internacional condene o agressor", disse Correa.

Correa já esteve no Peru e Brasil em busca de apoio contra a invasão das tropas colombianas em território equatoriano para bombardear um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Chávez adiantou que o "Equador contará com nosso apoio incondicional em qualquer circunstância".

O presidente venezuelano disse ainda que lhe causa "risos" a ameaça do presidente colombiano, Álvaro Uribe, de denunciá-lo na Corte Internacional de Justiça, em Haia, por financiamento e apoio a grupos terroristas, pelas supostas informações colhidas em um computador encontrado no acampamento bombardeado. "Vamos ver quem sairá condenado", ironizou Chávez. "Exigimos a condenação do governo da Colômbia por esse ato aberrante", que ele classificou de "crime de guerra".

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