O caso da juíza venezuelana María Lourdes Afiuni, que muitas organizações internacionais afirmam que está sendo mantida em prisão domiciliar por razões políticas, poderia ser revisado, disse o presidente Hugo Chávez no fim da sexta-feira.

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Afiuni foi presa em dezembro de 2009, acusada de corrupção, e está em prisão domiciliar há quase um ano por problemas de saúde. Ela ainda não foi julgada, mas autoridades venezuelanas afirmaram que o mandado de prisão contra ela foi ampliado por mais dois anos, no dia 13 de dezembro. A medida gerou críticas internacionais, inclusive das Nações Unidas e do famoso linguista e ativista político de esquerda norte-americano Noam Chomsky.

Chávez disse que o caso não estava sob seu controle, mas garantiu que poderia pedir, como chefe de Estado, uma revisão. “Ela não é uma prisioneira política, verdadeiramente. Agora, se ela está doente, então o caso precisa ser estudado”, disse ele durante discurso na Assembleia Nacional.

O presidente socialista disse que não há prisioneiros políticos na Venezuela.

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Afiuni foi presa após conceder liberdade condicional a um rico banqueiro acusado de burlar as estritas regras de controle do câmbio do país. Segundo a magistrada, o banqueiro Eligio Cedeño deveria ser libertado, pois não havia sido julgado e estava havia 34 meses detido. A decisão de soltar Cedeño, que acabou fugindo para os EUA, enfureceu Chávez. O presidente insinuou que havia algum tipo de acordo ilegal entre o réu e a juíza e que a magistrada poderia pegar 30 anos de prisão.

Em carta aberta no mês passado, Chomsky pediu que o governo venezuelano liberte a juíza, dizendo que não há garantias de que ela esteja recebendo um julgamento justo. As informações são da Dow Jones.

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