Chávez ameaça expropriar a siderúrgica Sidor

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou no último domingo (27) expropriar a siderúrgica Ternium-Sidor, nacionalizada no início do mês, se até terça (29) não chegar a um acordo com seu sócio argentino, Techint, sobre o valor das ações. ?Não vou pagar US$ 4 bilhões nem US$ 3 bilhões. Se nas próximas horas não se chegar a um acordo justo, na terça-feira assino o decreto de expropriação e tomamos o controle da unidade?, disse, durante seu programa dominical de rádio e TV, Alô, Presidente.

O grupo argentino Techint, que controla 60% das ações da siderúrgica através do consórcio Ternium, mantém negociações com o governo venezuelano desde o dia 10, quando Chávez anunciou a reestatização. A decisão do presidente afeta a brasileira Usiminas, que é uma das acionistas da Ternium.

Chávez disse que não deseja ?prejudicar? os sócios da Techint, mas insistiu que não pagará a oferta apresentada pelo consórcio argentino, que chamou de ?risível?. Hoje, os empresários devem se reunir com o vice-presidente venezuelano, Ramón Carrizales. A Ternium-Sidor ?custou cerca de US$ 1,5 bilhão, quando a Sidor que eles compraram era maior, e muitos equipamentos sofreram desvalorização?, disse o presidente, lembrando do processo de privatização, há dez anos. No sábado, o ministro de Indústrias Básicas e Mineração venezuelano, Rodolfo Sans, estimou em US$ 800 milhões o parque acionário da Techint.

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