O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Fernández, reiterou nesta segunda-feira que o novo presidente do país, Federico Franco, no cargo desde sexta-feira passada após a controvertida destituição de Fernando Lugo, permanecerá no poder até 2013, quando expira formalmente o atual mandato.
No ato de apresentação do novo diretor-geral paraguaio na hidrelétrica de Itaipu, compartilhada com o Brasil, o chanceler reconheceu que seu país “não vive momentos fáceis”, mas se mostrou convencido de que, “com a longa tradição de vicissitudes” contra ele, vai sair adiante.
Este “governo que nasce em meio a tempestades está buscando a alvorada final”, manifestou Fernández, que entre as ações para reforçar sua posição no poder destacou a designação do novo máximo representante paraguaio em Itaipu, Franklin Anki Boccia, um cargo de importância estratégica para o país.
Fernández ressaltou a “grande capacidade” e “inteligência” de Boccia – “um homem da liberdade que o Paraguai tanto precisa” -, porque participou da redação da atual Constituição, surgida após a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).
Essa Carta Magna foi a mesma que amparou há três dias o processo de impeachment movido no Senado que culminou com a saída de Lugo do poder, em um julgamento que provocou polêmica generalizada por sua rapidez.