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Chanceler chama de ‘cruel’ a política de separação de famílias adotada pelos EUA

A decisão do presidente Donald Trump de não mais separar as famílias de imigrantes ilegais é “um alívio em relação ao trauma inicial que podemos avaliar quando vimos as imagens na televisão daquelas crianças desesperadas”, disse o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, nesta quinta-feira, 21, após a reunião de diplomatas e adidos sobre segurança na fronteira.

“Vamos acompanhar a implementação da decisão do presidente Trump de reverter essa medida, que consideramos uma medida cruel”, afirmou.

Ele informou que os consulados do Brasil nos Estados Unidos estão trabalhando “intensamente” no caso. Foram estabelecidos contatos com todos os locais para onde as crianças são levadas. “Sabemos exatamente quem está em cada abrigo”, disse o ministro. Nesse trabalho, o Itamaraty tem sido auxiliado pelas comunidades de imigrantes brasileiros nos EUA.

Os funcionários do governo brasileiro procuram também promover encontros entre as crianças e suas famílias. Outra linha de trabalho é a assistência jurídica. “Vamos trabalhar em cada caso para resolver a situação deles”, informou.

A separação das crianças de seus pais ou responsáveis não é uma medida nova, explicou Aloysio. Ela vem sendo aplicada desde 2013. Porém, essa prática se intensificou com a decisão de Trump de implementar uma política de “tolerância zero” à imigração ilegal. No total, há perto de 2 mil casos de separação de crianças de todas as nacionalidades. De brasileiros, são pouco mais de 40.

“Nosso tratamento é o diálogo com os Estados Unidos”, afirmou. “Não queremos politizar.”

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