O Chade anunciou que irá retirar 800 soldados que trabalhavam na missão de paz na República Centro-Africana. A decisão ocorreu dias após as tropas serem acusadas de abrir fogo e matar 32 civis.

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O ministro das Relações Exteriores declarou que a retirada dos soldados se deu após uma “campanha gratuita e maliciosa” contra o Chade. Para ele, as tropas estão sendo culpadas pelos problemas e pelo sofrimento da República Centro-Africana, apesar dos esforços realizados.

O Chade tem atuado estrategicamente na crise da nação vizinha, auxiliando na fuga de muçulmanos depois que a violência sectária no país se agravou, em dezembro do ano passado.

Para o diretor de emergências da Human Rights Watch, Peter Bouckaert, a maior preocupação agora é o que acontecerá se o presidente do Chade, Idriss Deby, abandonar por completo o esforço internacional para conter a crise na República Centro-Africana. “Ainda não está claro se é uma tática de barganha de Deby para que a comunidade internacional pare de criticar as ações de suas tropas”, disse Bouckaert.

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Os soldados do Chade também são acusados de dar suporte ao governo rebelde muçulmano, conhecido como Seleka, que deixou o poder em janeiro. A missão de paz africana informou que os soldados haviam sido atacados primeiro por militantes cristãos armados, que são contrários à presença de forças do Chade no solo centro-africano. Fonte: Associated Press.