O secretário-geral da Central Geral do Trabalho (CGT) da Argentina, Hugo Moyano, cancelou a greve de caminhoneiros, transportadores e taxistas que havia convocado para a próxima segunda-feira, 21. “Deixamos em suspenso a medida de força de segunda-feira”, anunciou Moyano, em conversa com jornalistas. A paralisação foi convocada ontem, após notícia de que a justiça suíça estaria investigando Moyano e o filho dele, Pablo, presidente do sindicato dos caminhoneiros, por lavagem de dinheiro.

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O sindicalista informou ainda que a concentração prevista para ser realizada na Praça de Maio, na segunda-feira, também foi cancelada. Ele disse que as notícias e suspeitas sobre sua idoneidade são motivadas por “uma trama política”. “Muitos se incomodam porque os trabalhadores querem chegar ao poder”, disse Moyano. Ele responsabilizou a imprensa local e a oposição por “armar” um processo legal para prejudicá-lo. A CGT é o principal braço de apoio do governo de Cristina Kirchner, mas nos últimos meses a presidente e o líder sindical têm exibido desavenças, que apontariam para uma ruptura.

O pano de fundo do conflito estaria vinculado às eleições presidenciais de outubro. Moyano deu indicações de que gostaria ser o candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada pela presidente. Cristina, no entanto, sempre deu mostras de pouca simpatia pelo sindicalista.

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