O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou nesta terça-feira que cerca de 2,5 milhões de sírios tiveram que sair de suas casas por causa dos confrontos entre o governo e a oposição, que acontecem desde março de 2011.
Segundo a porta-voz da Comissão de Refugiados da ONU (Organização das Nações Unidas), Melissa Fleming, os números podem ser maiores. “Essas pessoas estão perambulando e fugindo do conflito, por isso que são tão difíceis de contar e ter acesso”.
Desses, apenas 5% moram em abrigos públicos, como escolas e galpões. O resto está em casas particulares, fazendo com que a contagem seja mais difícil.
No dia 9, a ONU informou que mais de 4 milhões de pessoas dentro da Síria vão precisar de ajuda humanitária durante o inverno, que começa no mês que vem, sendo que o órgão só poderá atender 1,5 milhão.
“Infelizmente as últimas entregas têm sido muito difíceis por causa do aumento da violência e da insegurança mesmo em partes do país que ainda estão relativamente calmas”.
Retirada
Um sinal do aumento da insegurança para a missão da ONU foi a retirada de seis dos 12 funcionários de atendimento a refugiados na Província de Hassaka, onde fica Ras al Ain, que foi atingida por bombardeios do regime de Bashar Assad.
Em Aleppo, um dos armazéns do Crescente Vermelho Sírio, que coordena as ações nas áreas de maior conflito, foi atingido por um bombardeio, queimando 13 mil rações para os refugiados. Na periferia de Damasco, um caminhão com 600 rações foi atacado por rebeldes.
Segundo o órgão da ONU, mais de 400 mil sírios estão refugiados em países vizinhos, como Líbano, Turquia, Iraque e Jordânia.