Centenas de milhares de pessoas foram às ruas do Iêmen hoje pressionar pela rápida nomeação de um conselho interino para substituir o presidente ferido Ali Abdullah Saleh. Já uma manifestação em prol do líder teve poucas pessoas pela primeira vez desde que esses atos começaram, no final de janeiro, relataram testemunhas.

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Uma autoridade saudita disse hoje que Saleh não voltará para casa. O governo de Sanaa, porém, tem dito que em breve o líder retornará ao Iêmen e a seu posto. “O presidente iemenita não retornará ao Iêmen”, afirmou a fonte, pedindo anonimato. A declaração foi rapidamente desmentida pelo vice-ministro da Informação iemenita, Abdo al-Janadi, que previu a volta dele “em alguns dias”.

Saleh foi ferido por um ataque no início de junho contra o complexo presidencial e levado para a Arábia Saudita para ser tratado, porém não há informações claras sobre seu estado de saúde. Manifestantes pedem que o rei saudita, Abdullah, não permita a volta de Saleh ao Iêmen.

Também ocorreram passeatas em Taez, segunda maior cidade do Iêmen, em Áden, Ebb, Hudayda, Mukalla e outras, segundo testemunhas. Em Taez, manifestantes realizaram hoje orações e uma manifestação na Praça da Liberdade pela primeira vez desde que o local foi tomado por forças de segurança, em 29 de maio, em um ataque que segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) deixou mais de 50 mortos.

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Manifestantes pressionam o vice-presidente, Abdrabuh Mansur Hadi, a formar um governo de transição. Saleh não apareceu em público desde o ataque, no dia 3. As informações são da Dow Jones.