A Corte Constitucional da Espanha suspendeu nesta terça-feira os planos da Catalunha de realizar uma votação informal sobre a independência da região. Os magistrados decidiram unanimemente acatar o pedido do governo e analisar o caso. Na prática, isso impede que a consulta popular ocorra até que os juízes cheguem a uma decisão – um processo que poderá levar meses. Apesar disso, os catalães pretendem organizar a votação de qualquer jeito.

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O governo espanhol, com o apoio do Parlamento, acredita que a votação seria inconstitucional, já que apenas a autoridade federal tem o poder de realizar um referendo do tipo e que todos os espanhóis teriam o direito de votar. A Catalunha decidiu realizar uma votação informal após o referendo oficial ser suspenso pela Justiça, que acatou argumentos do governo de que a votação também não seria aceita pela constituição.

A Catalunha acusa o governo central de restringir os direitos democráticos de seus cidadãos e insistiu nesta terça-feira que realizará a votação. Autoridades locais recrutaram 40 mil voluntários e esperam realizar a consulta popular em escolas e outros centros de propriedade pública.

Com a decisão da Corte, o governo catalão acredita que apenas as pessoas favoráveis à independência tentarão votar no próximo domingo, e que o resultado não terá nenhum significado que não um protesto simbólico. O movimento catalão representa a última tentativa de secessão na Europa, na esteira do referendo realizado pela Escócia em setembro, que resultou em uma negativa da proposta de independência do Reino Unido.

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Pesquisas de opinião indicam que a maioria dos catalães são favoráveis ao referendo, mas que os cidadãos da região estão divididos sobre sair ou permanecer na Espanha. Fonte: Associated Press.