A cidade de Cartagena se preparava hoje para ver a histórica assinatura do acordo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A movimentação local nesta segunda-feira era diferente da de qualquer outro dia. Ruas estão fechadas, os cidadãos tiveram que alterar sua rotina e todos os turistas recebem instruções para carregar um documento e algo que prove a reserva em algum hotel para o caso de serem parados por policiais. O próprio policiamento foi reforçado.

continua após a publicidade

O governo decretou dia cívico, ou seja, as empresas públicas não trabalham, e a movimentação que se via nesta tarde era para finalizar o local da cerimônia, perto do Museu Naval. Funcionários vestidos de branco terminavam de colocar as cadeiras para a cerimônia, o painel com o desenho da pomba da paz que se tornou símbolo do processo estava pronto e testes de som eram realizados.

Desde a tarde de ontem, diversos líderes mundiais desembarcaram na cidade turística e deram declarações de apoio ao processo de paz. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como Timochenko, assinarão o acordo resultante de quatro anos de negociações em uma cerimônia na presença de lideranças mundiais no fim da tarde desta segunda.

Oposição. Enquanto os últimos preparativos eram feitos, a oposição contrária ao acordo de paz realizava manifestações, lideradas pelo senador e ex-presidente Álvaro Uribe, e sob o lema “Colômbia não se rende”.

continua após a publicidade