Uma carta-bomba explodiu hoje num escritório de uma empresa de lobby nuclear suíça na cidade de Olten, norte do país, ferindo duas pessoas, informou a polícia. O incidente aconteceu horas antes de outro pacote ter explodido num quartel na Itália, ferindo uma pessoa, e de as autoridades gregas terem desarmado uma correspondência-bomba que fora enviada para um prisão de segurança máxima, onde supostos membros de um grupo anarquista estão detidos.
As autoridades não fizeram nenhuma ligação entre os incidentes, mas informações divulgadas por meios de comunicação italianos, citando fontes não identificadas, disseram que investigadores acreditam que haja alguma ligação entre eles.
A explosão na Suíça ocorreu pouco antes das 8h (horário local, 3h em Brasília) quando os funcionários abriam a correspondência no escritório da Swissnuclear, um grupo lobista que representa várias empresa de energia suíças. A porta-voz policial do cantão (Estado) de Solothurn, Thalia Schweizer, disse que duas funcionárias foram levadas ao hospital com ferimentos superficiais. A razão do ataque ainda não está clara. “Podemos especular, mas estamos investigando”, disse Schweizer, acrescentando que ninguém assumiu a autoria do ataque.
Opositores da energia nuclear na Suíça se tornaram mais expressivos nas últimas semanas, já que as imagens do reator de Fukushima, no Japão, aparecem nos telejornais diariamente. No começo deste mês, o governo congelou o projeto de construção de novas usinas nucleares à espera da novas revisões de segurança após o vazamento no Japão. A Suíça tem cinco reatores nucleares em operação, que fornecem 40% da eletricidade do país.
Na Itália, um pacote-bomba explodiu no quartel de uma brigada de paraquedistas em Livorno. Um graduado militar, tenente-coronel Alessandro Albamonte, ficou ferido nas mãos e no rosto após abrir o pacote, embora sua vida não esteja em perigo, informou o exército. Um soldado, que pediu anonimato porque não tem autorização para falar com meios de comunicação, disse que um grupo anarquista assumiu a autoria do atentado. A agência de notícias Ansa identificou o grupo como a Federação Anarquista Informal (FAI).
Horas mais cedo, a polícia grega desarmou uma carta-bomba enviada ao diretor da prisão de Korydallos, no oeste de Atenas, onde supostos membros de um grupo armado anarquista são julgados. O envelope tinha selos italianos mas não tinha carimbos postais, disseram as autoridades. No campo do emissor estava o endereço da aliança de quatro países Eurofor, sediada em Florença (Itália). As informações são da Associated Press.