Quatro carros-bomba mataram 15 pessoas em bairros xiitas da capital iraquiana e numa cidade do norte do país na manhã desta quinta-feira. O irmão de um deputado sunita foi morto a tiros, também em Bagdá.

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A polícia da capital informou que a primeira explosão aconteceu num ponto de ônibus e táxis, no horário de pico, no bairro de Sadr City, leste de Bagdá. Nove pessoas morreram, dentre elas uma criança de 7 anos, e 16 ficaram feridas.

Outro carro-bomba atingiu um pequeno mercado ao explodir num ponto de táxi no subúrbio de Kamaliya, matando três civis e ferindo 14, informaram os policiais.

Na cidade de Mosul, que fica no norte, um suicida jogou seu carro contra um posto de verificação do Exército, matando dois solados e ferindo três, revelou outro policial. O ataque aconteceu logo depois de um carro-bomba ter ferido dois civis. Mosul fica a 360 quilômetros a noroeste de Bagdá.

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Em Baiyaa, bairro a sudoeste da capital, homens em movimento mataram a tiros o irmão de um legislador sunita e feriram dois de seus segurança, informaram outros dois policiais.

Quatro funcionários da área médica de um hospital próximo confirmaram o número de vítimas. Todas as fontes falaram em condição de anonimato.

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Os ataques ocorrem um dia depois de uma série de ações, principalmente em bairros xiitas, que deixaram 33 mortos. Pelo menos sete dessas vítimas morreram em Sadr City, quando uma bomba, instalada num carro estacionado, explodiu num ponto de ônibus.

O aumento da violência ocorre em meio a crescentes tensões entre o governo, liderado por xiitas, e a minoria sunita, que afirma ser alvo de discriminação. A sangrenta repressão do governo contra um acampamento de protesto no mês passado alimentou as tensões. O primeiro-ministro xiita Nouri al-Maliki responsabilizou as tensões sectárias pelos últimos ataques.

“Temos de saber que o derramamento de sangue é o resultado do ódio sectário e também do acirramento das tensões sectárias”, disse al-Maliki durante uma conferência do governo sobre as atrocidades cometidas durante o governo do ditador Saddam Hussein.

Ninguém havia assumido a responsabilidade pelos ataques de quarta e quinta-feira, mas carros-bomba e ataques suicidas com veículos são uma marca do braço da Al-Qaeda no Iraque. As informações são da Associated Press.