Carro-bomba explode e mata cinco em mesquita

Pelo menos cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas hoje após a explosão de um carro-bomba em frente a uma mesquita de Damasco, na Síria. A ação acontece no primeiro dia do cessar-fogo durante o feriado de Eid al Adha.

A trégua, proposta pelo enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) à Síria, Lakhdar Brahimi, foi oficialmente aceita pelo regime de Assad e grupos rebeldes na quinta, mas foi quebrada em diversas ocasiões nesta sexta.

O ataque aconteceu na mesquita Omar Ibn Jattab, no bairro de Daf al Shok, quando um carro-bomba foi detonado na porta do templo. A região tem maioria sunita, grupo do qual a maioria dos rebeldes faz parte.

A agência estatal de notícias Sana informou que cinco pessoas morreram e outras 32 ficaram feridas, em um balanço provisório que pode ser alterado para cima.

Segundo ativistas do Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, prédios também foram danificados e várias ambulâncias foram enviadas ao local.

O grupo opositor não mencionou número de mortos ou feridos na ação e relatou que ativistas acusam o regime do ditador Bashar Assad de fazer bombardeios para evitar a aproximação de civis.

O regime não comentou sobre agressão. As informações não podem ser confirmadas de forma independente na Síria devido às restrições impostas aos jornalistas.

Fracasso

A ação mostra mais um incidente que quebra o cessar-fogo entre o regime de Bashar Assad e os opositores. Mais cedo, o Exército sírio acusou “grupos terroristas armados” de terem violado o acordo e, por isso, “se viram obrigados” a responder.

Os confrontos aconteceram em diversas partes do país. Em Harasta, no subúrbio da capital síria, três pessoas morreram após ser alvejadas por franco-atiradores e tiros de um tanque.

Em outra cidade, Maaret al Numan, no noroeste do país, rebeldes e soldados do regime entraram em confronto após opositores atacarem uma base militar.

O ditador Bashar Assad apareceu em público nesta sexta-feira, numa mesquita de Damasco, para participar de orações da festa do Eid al Adha, uma das mais importantes do islamismo. Ele estava acompanhado de diversas autoridades do regime.

A proposta da ONU tinha como base justamente o feriado muçulmano, iniciado hoje. As Nações Unidas esperavam que, a partir de uma trégua religiosa, as forças em conflito pudessem combinar novos acordos de paz no futuro.

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