Pelo menos 14 pessoas morreram hoje após a explosão de um carro-bomba em um mercado da cidade de Dara Adamkhel, no noroeste do Paquistão. A explosão ocorreu no mercado Janan em um momento de grande afluência de pessoas e destruiu pelo menos 20 lojas. Outras 25 pessoas ficaram feridas, a maioria em estado grave.
De acordo com autoridades locais, a suspeita é que o alvo eram os membros de uma milícia pró-governo criada para lutar contra militantes do grupo radical Taleban. Até o momento a ação não foi reivindicada por nenhum grupo.
Dara Adamkhel fica na Província de Khyber, na fronteira do Afeganistão. A região não possui controle completo do governo paquistanês e possui diversas áreas sob influência do Taleban e a rede terrorista Al Qaeda.
Nos últimos anos, o Exército paquistanês desenvolve operações para tentar recuperar o território e conta com a ajuda dos Estados Unidos, que fazem bombardeios com aviões não tripulados.
Ativista baleada
A jovem ativista paquistanesa Malala Yousufzai continua em estado grave e respirando com a ajuda de aparelhos. Ela se recupera após ter sido baleada quando saía da escola na terça, em um ataque reivindicado pelo Taleban. Médicos do Instituto de Cardiologia do Exército do Paquistão, onde está internada, dizem a menina se recupera de forma satisfatória.
Segundo o jornal local “Express Tribune”, Yousufzai começou a sentir dores mesmo estando sedada, o que é um sinal positivo pois indica que seus sentidos estão voltando. Eles descartaram um dano cerebral causado pela bala que ficou alojada no crânio.
A menina foi baleada quando saía da escola em que estudava no vale de Swat, no noroeste do Paquistão. Ela recebeu os disparos depois que um homem abriu fogo contra o ônibus escolar em que ia voltar para casa. Na ação, outras duas meninas foram feridas.
Segundo testemunhas, o atirador se aproximou na saída das aulas e perguntou quem era Yousufzai. Uma das crianças questionadas teria mentido e ele atirou nela e na adolescente ativista.
Yousufzai ficou famosa em 2009 quanto, aos 11 anos, começou a denunciar abusos do Taleban, como incêndios em escolas de meninas e morte de opositores no vale de Swat. Devido ao trabalho, a jovem recebeu prêmios diversos, incluindo o Prêmio Nacional da Paz, a honraria mais elevada do governo do Paquistão.
