A ex-modelo Carla Bruni, atual esposa do presidente francês Nicolas Sarkozy, publicou nesta quarta-feira uma crítica sobre o papel da imprensa com relação à difusão de rumores no lugar de fatos.
Carla, em um artigo intitulado "Basta de Calúnias", publicado no jornal francês Le Monde, criticou a difusão de rumores e afirmou que "os jornalistas de verdade" podem resistir à calúnia.
O artigo se referiu dessa forma à briga entre Sarkozy e a revista Le Nouvel Observateur, devido à publicação de um artigo sobre mensagens de texto (SMS) supostamente enviadas pelo atual presidente à ex-esposa, antes de se casar com Carla.
A atual primeira dama, em seu artigo, questionou: "Se agora o rumor se transforma em informação, até onde vamos? Se os grandes jornais deixam de diferenciar rumores e fatos, quem o fará? Se, como a pior das publicações descartáveis, Le Nouvel Observateur, traindo sua carta de princípios, sua vocação e também seu nome, já não observa, mas sim inventa o que narra, que proteção nos resta contra a histeria de agora?".
"O que é desonesto e inquietante nesse fato (o caso SMS) é que em nenhum momento a ‘informação’ foi checada", escreveu hoje Carla.
A esposa do presidente destacou que a suposta mensagem "não foi vista" pela imprensa, que, "no entanto, apresentou-a como um fato".
O redator-chefe do Le Nouvel Observateur, Airy Routier, sustentou em um artigo que Nicolas Sarkozy enviou um SMS a sua ex-esposa, Cecilia, oferecendo-se para anular o casamento com Carla Bruni caso eles voltassem.
Segundo Routier, a suposta mensagem enviada por Sarkozy, que deu início a toda esta polêmica, dizia à Cecília, oito dias antes do casamento com Carla, "Se você voltar, anulo tudo".