O cardeal George Pell, terceira mais influente autoridade do Vaticano, enfrenta acusações de criar um programa de compensação de vítimas de abusos sexuais para proteger os ativos da Igreja e de fazer uso de táticas agressivas para desencorajar as vítimas a ingressar com ações judiciais quando era bispo na Austrália.
Pell, que no ano passado foi colocado à frente das finanças do Vaticano pelo Papa Francisco, também se defronta com acusações relacionadas ao início de sua carreira, quando era
padre e auxiliar de bispo. Ele teria ignorado advertências sobre um professor que praticava abusos, subornado a vítima de um padre pedófilo para ficar em silêncio e feito parte de uma comissão que promoveu a transferência desse padre de paróquia em paróquia.
Pell nega as acusações. A Comissão Real da Austrália para Respostas Institucionais ao
Abuso Sexual Infantil, entretanto, pressiona o Vaticano, diante da promessa feita pelo papa de reagir aos bispos que falharam em proteger crianças e cuidar as vítimas.
A situação do Vaticano ficou mais delicada nesta semana, quando Peter Saunders, membro sobre abusos sexuais, manifestou-se contra Pell. A questão ganhou tal proporção que três autoridades do Vaticano divulgaram comunicados tentanto se distanciar dos comentários de Saunders e da situação. Fonte: Associated Press