O candidato da oposição da Venezuela, Henrique Capriles, acusou o presidente interino, Nicolás Maduro, de usar de forma injusta a mídia estatal e recursos financeiros em sua campanha para suceder o falecido líder Hugo Chávez.

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As acusações foram feitas duas semanas antes de os eleitores escolherem um novo presidente após a morte de Chávez.

“O sistema de informação estatal se tornou um aparato de propaganda de um partido político”, alegou Capriles, referindo-se ao partido socialista de Maduro, o herdeiro político de Hugo Chávez.

Em uma votação livre e justa, os candidatos devem ter o mesmo espaço na mídia e os mesmos direitos, afirmou Capriles em uma coletiva de imprensa.

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Mas Maduro está contando com “todos os recursos do Estado… e toda a estrutura de poder do Estado” para fazer sua campanha, acusou Capriles.

A campanha não começa oficialmente até terça-feira, mas Capriles disse que Maduro apareceu em 46 horas na TV estatal desde a morte de Chávez no dia 5 de março.

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Capriles pediu também que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) seja imparcial e reforce as regras de campanha antes da votação do dia 14 de abril.

O ministro das Comunicações, Ernesto Villegas, reagiu no Twitter, alegando que a TV estatal havia transmitido a coletiva de imprensa de Capriles ao vivo, “apesar de suas ordens para impedir o acesso de jornalistas” da mídia estatal.

Villegas também convidou novamente Capriles a ser entrevistado na televisão estatal, após o candidato da oposição ter negado um pedido anterior. Na época, Capriles disse que a mídia estatal é tendenciosa contra ele.

Maduro lidera as mais recentes pesquisas de intenção de voto por margens que variam de 14,5 a 21 pontos porcentuais. Segundo o CNE, 18,9 milhões de venezuelanos estão habilitados a votar no dia 14. As informações são da Dow Jones.