Um juiz italiano aceitou o pedido da promotoria pública para que o capitão do navio italiano Costa Concórdia, Francesco Schettino, seja julgado por homicídio culposo. Schettino comandava o navio que naufragou na costa da Toscana, quando 32 pessoas morreram, em 13 de janeiro do ano passado. Na ocasião, o capitão abandonou o navio enquanto muitos dos 4.200 passageiros e a tripulação ainda estavam a bordo.
Se condenado, ele poderá cumprir até 20 anos de prisão. Schettino será o único acusado no julgamento, marcado para 9 de julho. Os outros cinco acusados procuraram costurar acordos, que estão sendo tratados em um processo à parte.
A promotoria alega que Schettino guiou o navio de modo perigoso para muito perto da ilha, em uma jogada publicitária para o Costa Concórdia Spa, a companhia responsável pelo navio. Já Schettino alega estar servindo de bode expiatório, já que o recife com o qual o navio se chocou não estava no mapa. Ele afirma, aliás, ser um herói por ter manobrado o navio para perto do porto de Giglio, facilitando o resgate dos sobreviventes.
Especialistas no assunto dizem que a tripulação do navio não tinha um treinamento apropriado ou certificação em segurança para situações de emergência. Eles afirmam ainda que o Costa Concórdia demorou para alertar as autoridades costeiras. A empresa nega a acusação.
O advogado do capitão, Francesco Pepe, disse à imprensa que o juiz rejeitou nesta quarta-feira, 22, o pedido para que abandonasse a acusação contra Schettino. Na última semana o juiz também rejeitou o acordo proposto pela defesa, que poderia reduzir drasticamente sua sentença em caso de condenação. As informações são da Associated Press.