As principais forças a favor e contrárias ao projeto de uma nova Constituição que irá a referendo neste domingo escolheram Guayaquil, maior cidade e centro econômico do país, para encerrar a campanha eleitoral, na quinta-feira.
Ante 8 mil pessoas, o presidente Rafael Correa fechou a campanha em favor do texto. Com uma camiseta branca com a palavra sim nas cores da bandeira – amarelo, azul e vermelho -, Correa destacou a oportunidade para o país passar por uma “mudança definitiva, uma mudança de paz”. O presidente afirmou que o projeto traz uma alteração “rápida e profunda”.
“Desta vez a eleição é entre dois mundos, entre dois sistemas, entre duas concepções de desenvolvimento completamente diferentes nos setores econômico, social, político e ambiental”, afirmou Correa. O presidente se define como um cristão de esquerda e é crítico do neoliberalismo e dos partidos tradicionais.
Os contrários à nova Carta realizaram uma caravana de automóveis por vários pontos da cidade, sobretudo em bairros populares. O líder dessa manifestação foi o prefeito de Guayaquil, o direitista Jaime Nebot.
Para o governo, o projeto auxilia o país a combater os problemas sociais. Para a oposição, porém, o texto centraliza poderes nas mãos do presidente.
Não houve incidentes durante as manifestações. Segundo o chefe da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA), Enrique Correa, não ocorreram denúncias de fraudes nem há indícios de problemas.
Quase 10 milhões de equatorianos estão aptos a votar no domingo. Para o texto ser aprovado, precisa ter 50% mais um dos votos.
As informações são da Associated Press.